segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Poema da Despedida


Eram sempre as mesmas noites, e todas as noites eram as mesmas. 
Até que ..
Que o que?
Prometi não lembrar. 

Mas, lembra-se da promessa que fiz?
E do pacto de sangue, lembra-se? 
Juramos ser para sempre, e sempre..
Sempre? 

Diga-me
Quando foi que nos perdemos um do outro?
Ou, ao menos explique,
Quando foi que não nos achamos?
Você me levava sempre ao mesmo lugar
As luzes se apagavam e o show começava
Lembra-se?
Será que lembra que no seu show eu era apenas o contra regra? 
Que era eu quem apagava as luzes para você brilhar?
 Lembra-se?
Lembra-se que era eu quem  lhe afastava o mal e preenchia o vão da dor?
Lembra-se da casa? 
Casa vazia
Inabitada
Lembra-se como a enchemos?
Lembra-se das tardes jogadas fora? 
Das rosas vermelhas em minha porta? 
Lembra-se das promessas quebradas?
Será que lembras que eu te amava?
E por falar em lembrar..
Lembro-me do que prometi a nós dois
Esquecer.

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