domingo, 5 de dezembro de 2010


Eles dizem: "Não há ferida que o tempo não cure"
Estou parada no mesmo lugar
Onde você me deixou
Olhando para o nada que restou de nós.

Eles dizem: "Não há sentimento maior que o amor"
E eu sinto que todas as canções de amor são escritas como hinos para fracassados
Todos os poemas de amor foram feitos sobre mesas de bares
E todos os corações de amantes são vidro, fadados a se despedaçar.

Tudo corta
Tudo parte,
Nós dois
Um terço
Eu agora, e agora?

Estou parada no mesmo lugar onde meu coração ficou
Eles insistem em dizer: "Nada é para sempre"
A canção grita, "o para sempre, sempre acaba"
Todas as luas cheias me deixam vazia
E os sorvetes de morango não derretem mais
E todo coração que já amou é um órgão condenado
Todo amor é uma bomba relógio.

E eles continuam: "O amor é o que há!"
Enquanto isso
Correm carros
As luzes cegam
E eu ainda estou aqui
Olhando para o que já não entendo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vou jogar-me

 Jogar-me em teus braços

 Pois, quero morrer

 Morrer de amor
E, não quero nunca mais viver

 Viver assim

Sem você.

Poema para viver mais


É tão lindo ver você sorrindo
É tão estranho o modo como isso me faz rir.

É tão triste imaginar você sofrendo
E faz tanto medo o modo como isso dói em mim.

É tão engraçada a forma como você fala
E é tão ruim não te ouvir falar.

É tão grande a distancia que nos separa
Mas é tão fantástico te tocar de longe.

São tão recíprocas as explosões que acontecem entre nós
Até poderia jurar, que, te conheço de outras vidas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Amnésia



Estou parada onde você me deixou
Por que não vens me buscar?

É noite fria
Na rua não há ninguém mais, onde estas?
Acaso não vens me buscar?

Amanheceu
Um sol triste e desmotivado
Onde estou?
Para onde eu ia?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Poema da Despedida


Eram sempre as mesmas noites, e todas as noites eram as mesmas. 
Até que ..
Que o que?
Prometi não lembrar. 

Mas, lembra-se da promessa que fiz?
E do pacto de sangue, lembra-se? 
Juramos ser para sempre, e sempre..
Sempre? 

Diga-me
Quando foi que nos perdemos um do outro?
Ou, ao menos explique,
Quando foi que não nos achamos?
Você me levava sempre ao mesmo lugar
As luzes se apagavam e o show começava
Lembra-se?
Será que lembra que no seu show eu era apenas o contra regra? 
Que era eu quem apagava as luzes para você brilhar?
 Lembra-se?
Lembra-se que era eu quem  lhe afastava o mal e preenchia o vão da dor?
Lembra-se da casa? 
Casa vazia
Inabitada
Lembra-se como a enchemos?
Lembra-se das tardes jogadas fora? 
Das rosas vermelhas em minha porta? 
Lembra-se das promessas quebradas?
Será que lembras que eu te amava?
E por falar em lembrar..
Lembro-me do que prometi a nós dois
Esquecer.

Poema para não sentir saudades..

Não vou deixar-te

Não vou deixar-te
Nos dias ruins
Madrugadas congelantes
Nas noites mais vazias
Por pior que seja o tempo ou situação
Não vou deixar-te.

Olhando em teus olhos, dois mundos
E, beijando teu rosto, minha face
Prometo, não deixar-te jamais
Jamais, eu repito,
Não vou deixar-te.

E quando a dor te ferir
Os pensamentos ruins o teu sono tirar
E quando o céu em teus pés desabar
Ei de estar aqui
Prometo, não deixar-te.

E mesmo que nada possa fazer
E mesmo que  você tenha de ir
E se ainda não possas contigo levar-me
Ainda que só, juro, não deixar-te.